A Organização Mundial de Saúde (OMS)
estabeleceu o conceito de saúde como: “Um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência da doença”. Outro conceito, sob o
enfoque ecológico, afirma que a saúde é um estado de equilíbrio dinâmico entre
o indivíduo e o seu ambiente, considera que a doença ocorreria da ruptura desse
mesmo equilíbrio dinâmico.
Devemos estabelecer algumas
diferenciações que afetam a saúde do trabalhador para que possamos melhor
trabalhar estes conceitos, como segue abaixo:
Condições de Trabalho:
• Ambiente Físico: temperatura,
barulho, vibrações, etc.
• Ambiente Químico: vapores, fumaças,
tóxicos, etc.
• Ambiente Biológico.
• Condições de Higiene e Segurança.
Organização do Trabalho:
• Divisão do Trabalho
• Conteúdo da Tarefa
• Sistema Hierárquico
• Modalidades de Comando
• Relações de Poder
• Questões de Responsabilidades, etc.
Portanto, para que possamos estabelecer uma qualidade de vida completa ao
trabalhador, ou seja, que ele tenha “Saúde”, devemos atacar todos os problemas
de Condições de Trabalho e Organização do Trabalho.
Podemos também analisar o conceito de
saúde sob outro aspecto, observando-se três conceitos em relação a doença: o
estar doente, que é a instalação de um processo patológico; o sentir-se doente,
que é a percepção da própria doença, e o poder ficar doente, ou a possibilidade
de obter tratamento do trabalho.
Com frequência, entre os trabalhadores,
principalmente os de mais baixa renda, a pessoa pode “estar doente”, mas “não
pode ficar doente”, por falta de recursos ou pelo fato que isto lhe afetará o
ganho, a fonte de renda, em decorrência, obriga-se a continuar trabalhando.
Desse modo, a situação socioeconômica, criando uma “ideologia defensiva”,
interfere na própria percepção da doença, negando-a (mecanismo de negação)
enquanto for possível, e no conceito “aguente até o último momento ou limite da
capacidade de manter-se trabalhando”. Em muitos casos, a assistência médica só
é buscada muito tardiamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário